Chuva na noite desta segunda-feira (10) causou alagamentos em Barueri, Osasco e Carapicuíba; Circulação da CPTM ainda não está normalizada
Paulo Talarico/Agência Mural
Por: Paulo Talarico | Ana Beatriz Felicio | Lucas Veloso
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Publicado em 10.02.2020 | 12:51 | Alterado em 22.11.2021 | 16:32
Chuva na noite desta segunda-feira (10) causou alagamentos em Barueri, Osasco e Carapicuíba; Circulação da CPTM ainda não está normalizada
Tempo de leitura: 2 min(s)“Hoje, a manhã foi tensa para quem está tentando trabalhar. Todo mundo vai voltar para casa, não tem outra opção”. O relato é da auxiliar de limpeza, Ana Cleide, 37, moradora de Osasco, na Grande São Paulo. O temporal que atingiu a cidade desde a noite deste domingo (9) deixou o município em estado de atenção. Houve enchentes em várias partes da região metropolitana.
A circulação do transporte público foi comprometida. O terminal metropolitano Luiz Bortolosso, no km 21, entre Osasco e Carapicuíba, ficou interditado por conta dos alagamentos. A avenida dos Autonomistas, a principal da cidade, também travou nos dois sentidos, tanto para quem ia no sentido da capital, quanto para Carapicuíba.
Ana ia para Alphaville, na cidade de Barueri. Porém, todos os ônibus com destino ao bairro estavam estacionados na faixa da direita da Autonomistas desde as primeiras horas do dia, pois não era possível cruzar o trecho no km 21. Por lá, carros e caminhões foram cobertos pela água.
Não havia saída para nenhum lado. Pela manhã, a linha 9 – esmeralda da CPTM parou e a linha 8 – diamante da CPTM ficou paralisada até às 9h10. Devido a situação, a Prefeitura da capital suspendeu o rodízio de veículos.
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Em Carapicuíba, na Cohab 5, a aposentada Antonia Roque diz que a água começou a subir por volta das 2h da manhã. “Foi bem rápido, não deu pra tirar nada”, relata. Desde então, as casas permanecem inundadas.
A prefeitura de Barueri suspendeu as aulas nesta segunda-feira (10) tanto nas escolas municipais quanto no Fieb (Fundação Instituto de Educação de Barueri). A gestão afirma que registrou um dos principais temporais da história da cidade.
Segundo a Defesa Civil, o índice pluviométrico registrado na cidade, desde 2h30 da manhã, chega perto de 130 mm, sendo que 70 mm foi apenas no intervalo de uma hora. Volumes acima de 50 mm em pouco espaço de tempo já são considerados como “chuva violenta” pelos institutos de meteorologia.
Equipes da Guarda Municipal, Defesa Civil e Demutran ainda monitoram diversos pontos na cidade afetados por alagamentos. Até as 6h da manhã foram registradas 35 ocorrências.
Até às 10h desta segunda, os Bombeiros registraram 320 solicitações para pontos de enchentes; 36 casos de desabamentos/desmoronamentos e 47 quedas de árvores na Grande São Paulo. Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), o tempo deve continuar instável e com chuva.
Na capital, as marginais Tietê e Pinheiros tiveram trechos intransitáveis por causa dos transbordamentos de rios.
Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.
Jornalista, curiosa, já foi apresentadora do Próxima Parada. Gosta de conhecer pessoas novas e descobrir o que as motiva a acordar todos os dias. Correspondente de Carapicuíba desde 2018.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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