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Agência de Jornalismo das periferias
32xSP

Especial: passageiros do extremo leste não sabem usar Qr-code dos informativos

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Por: Redação

Publicado em 19.08.2016 | 20:00 | Alterado em 19.08.2016 | 20:00

Tempo de leitura: 2 min(s)

Os distritos de Vila Curuçá e Itaim Paulista, zona leste paulistana, ambos administrados pela Subprefeitura do Itaim Paulista, possuem juntos, 359 pontos de ônibus, segundo dados fornecidos pela SPTrans, que administra as linhas de ônibus na capital paulista. Destes, 40%  já contam com os novos abrigos de estrutura metálica, vidros e bancos de concretos. Já os distritos vizinhos, como: Jardim Helena, São Miguel Paulista e Vila Jacuí, que são administrados pela subprefeitura de São Miguel Paulista, possuem 471 pontos, sendo 29,3% com novos abrigos. Em ambas as regiões, os usuários de ônibus enfrentam dificuldades para utilizar a tecnologia do QR-code, presentes nas novas paradas de ônibus.

De acordo com a empresa SPObras, os abrigos modernizados em toda cidade contam com cartazes das linhas que passam em cada local e o passageiro pode consultar dados mais completos das linhas por meio de QR-code, uma imagem de código de barras localizada no rodapé de cada cartaz. Através da leitura do código pela câmera do celular, o usuário é remetido ao site da SPTrans, onde obtém  informações complementares como: previsão de chegada do próximo ônibus, horário de funcionamento da linha e itinerário.

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Informações obtidas com a leitura do QR-code

Dos sete principais pontos de ônibus da Avenida Marechal Tito, principal via que corta o extremo leste no sentido leste-oeste, e que contam com abrigos modernizados, apenas três ainda possuem o cartaz de itinerários com o código de barra para informações complementares. A reportagem do 32xSP testou os códigos e em apenas um não foi possível a leitura. Na rua Tibúrcio de Sousa, principal via comercial do Itaim Paulista, somente em um ponto foi localizado a relação de linhas que passam no local.

“Acho que estes cartazes não são tão importantes assim, pois aqui todos conhecem as linhas de ônibus. Mas acredito que quem não é daqui é importante, pois ninguém gosta de ficar perguntando, logo denuncia que não é daqui”, diz a estudante Larisa Gomes Melo, 24. Ela nem tinha percebido que cada cartaz continha o QR-code. “Legal, mas será que funciona aqui no fundão da leste?”, questiona Larissa.

O mecânico Rubens Alves Souza, 47, revelou que quase sempre lê os cartazes com o itinerário, pois mora há pouco tempo em São Miguel Paulista, mas nem sabia para que servia o código de barras e como usá-lo. “Vi que tem este quadradinho aqui em baixo, mas não sei para que serve”.

O jovem Jean Carlos Bullet, 18, diz que já usou o QR-code, mas achou que às vezes o sinal do celular é fraco demais e demora muito para completar. ”É bacana, para saber quanto tempo vou ter que esperar a linha, mas aqui no Jardim Helena o sinal é muito fraco e isto é ruim”.

Confira todas as reportagens do Especial Pontos de Ônibus

Na maioria dos pontos modernizados o cartaz foi rasgado por conta do vandalismo e não existe manutenção e nem lavagem dos pontos. É o que afirma a diarista Fátima Fonseca, 32. “Na maioria dos pontos este cartaz foi rasgado, aí acesso o site do Olho Vivo e digito o número da linha de ônibus. Só assim sei o tempo de espera e onde está o próximo ônibus. Também acho que devem fazer a limpeza e recolocação destes cartazes. O vandalismo é normal, o que não é aceitável é não ter manutenção constante”.

*Fotos: Vander Ramos

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