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Grande São Paulo tem menor número de novos casos de Covid-19 desde maio

Em uma semana, 15 mil novos pacientes foram confirmados com o novo coronavírus. Por outro lado, número de mortes segue acima de mil em apenas sete dias

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Léu Britto/Agência Mural

Por: Paulo Talarico | Lucas Veloso

Notícia

Publicado em 16.07.2020 | 12:45 | Alterado em 27.02.2024 | 16:22

RESUMO

Em uma semana, 15 mil novos pacientes foram confirmados com o novo coronavírus. Por outro lado, número de mortes segue acima de mil em apenas sete dias

Tempo de leitura: 3 min(s)

Entre os dias 7 e 14 de julho, a Grande São Paulo registrou o menor número de novos casos do novo coronavírus para o período de uma semana, aponta o Panorama da Covid-19 na Grande São Paulo, levantamento semanal da Agência Mural nas 39 prefeituras da região metropolitana. 

Apesar disso, o número de novas mortes registradas foi de 1.135, semelhante ao registrado na semana anterior. Em dois meses, apenas uma vez houve menos de mil mortes e ao todo são 13,5 mil vidas perdidas na Grande São Paulo. 

Ao todo, a região metropolitana tem 263 mil casos confirmados de Covid-19, segundo as prefeituras – segundo o estado são 238 mil.



Apesar de mais 15 mil moradores terem tido resultados positivos para o novo coronavírus na semana, a quantidade é menor do que vem sendo registrado desde 2 de junho. Na época, a Grande São Paulo passava pela primeira vez dos 26 mil casos em sete dias. 

Desde então, houve altas e o período de maior contágio foi entre 23 e 30 de junho, quando 45 mil pessoas foram confirmadas com coronavírus em uma semana. 

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Vale ressaltar que os dados se referem as datas de confirmação dos exames e não de quando os moradores foram contaminados. Por vezes, há casos que ainda estão em investigação e demoram meses para terem a confirmação. 

Em Ribeirão Pires, cidade do ABC Paulista, por exemplo, três mortes pelo novo coronavírus foram confirmadas no dia 14. Uma delas se trata de um senhor de 92 anos, que morreu quase dois meses antes, em 24 de maio no Hospital Santa Helena, em Santo André. 

As outras duas vítimas não resistiram em 25 de junho e 11 de julho, o que aponta as diferenças para a confirmação dos casos. 

Também é preciso levar em conta a subnotificação e a capacidade de testes da cidade. A Prefeitura de São Paulo estima que há dez vezes mais casos do que os confirmados oficialmente.


FLEXIBILIZAÇÃO

Desde a semana passada, 34 das 39 cidades da Grande São Paulo estão na fase amarela da flexibilização da quarentena e tiveram autorização para começar a reabertura de bares, restaurantes e academias. 

Apenas a região norte, onde estão Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã, permanece na fase laranja, mais restrita.

Apesar disso, as autoridades de saúde ainda indicam a necessidade de cuidados para evitar um novo avanço da enfermidade. Assim como o impacto que a doença tem tido em regiões periféricas.

“A principal falha na maioria dos grandes municípios foi a ausência de um plano democrático, participativo, que permitisse que as medidas de controle, acompanhamento, assistência médica tivessem as especificidades dos diferentes territórios”, comenta a médica epidemiologista Maria Aparecida Pateoclo.


Ela afirma haver riscos e a necessidade de cuidados com a reabertura, justamente pelo grande número de assintomáticos, que já não vinham cumprindo o isolamento.

O importante é o cumprimento das medidas referente ao uso de máscaras, impedimento de aglomerações, circulação do transporte público que evite a disseminação do vírus com higienização permanente, sem excesso de passageiros”, ressalta.

Por fim, aponta que embora ainda não existam estudos sobre o comportamento do novo coronavírus em diferentes temperaturas, é preciso cautela com o inverno.

“Sabemos que no frio, as pessoas se aglomeram mais, tendem a manter os espaços menos ventilados o que favorece a disseminação dos microorganismos que provocam doenças respiratórias”. 

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Paulo Talarico

Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.

Lucas Veloso

Jornalista, cofundador e correspondente de Guaianases desde 2014.

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