A cada hora que passou nos últimos 12 anos, a Grande São Paulo contabilizou 21 novos habitantes, indica a prévia do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Divulgado no final de 2022, o levantamento indica que a região metropolitana chegou a marca de 21,9 milhões de moradores, ante 19,6 milhões em 2010.
O número representa um crescimento de 11% na população, o que variou bastante entre cada um dos municípios. A Grande São Paulo é formada pela capital e por outras 38 cidades. Em 36 delas, houve alta, mesmo com um período de perdas com a Covid-19, que vitimou mais de 80 mil pessoas na região.
A capital é responsável pelo maior número de habitantes, são 12 milhões, 900 mil a mais do que há 12 anos. Proporcionalmente, esse crescimento representa 8% a mais. Já as cidades de pequeno e médio porte registraram altas que passam dos 50%.
São os casos de Cajamar e Santana de Parnaíba, municípios localizados na parte oeste e norte da Grande São Paulo, respectivamente. Os cajamarenses ultrapassaram a barreira dos 100 mil, numa alta de 58% entre este Censo e o último realizado em 2010. A cidade é vizinha de Parnaíba, onde o avanço foi de 50%, com 163 mil moradores.
Os municípios de Cotia e de Barueri, localizados na região oeste, também se destacaram em crescimento, com avanço de 40% e 44%, respectivamente. Barueri, por exemplo, tem 342 mil moradores, segundo a estimativa.
Em contraponto, três locais registraram uma queda no número de habitantes. A maior delas é Mauá, no ABC Paulista. A cidade, que registrava 417 mil moradores em 2010, passou a contar com 383 mil, segundo o levantamento.
Brasil tem 207 milhões de habitantes e o estado de São Paulo 46 milhões
As cidades mais populosas seguem sendo Guarulhos, 1,3 milhão de habitantes, São Bernardo do Campo, 832 mil. Osasco ultrapassou Santo André, mas ambas possuem em torno de 770 mil moradores.
A prévia do Censo foi divulgada em dezembro de 2022, após o atraso na coleta das informações sobre os municípios, prevista inicialmente para 2020. O material é utilizado para diversas ações governamentais, como definir onde serão aplicadas políticas públicas, quanto cada cidade recebe do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), entre outras ações.
A busca por essas informações foi marcada por resistência de moradores em receber os agentes, em meio ao acirramento do ciclo eleitoral. Os dados iniciais ainda não trazem um recorte por bairros, idade e gênero, que deverão ser informados conforme a conclusão do Censo neste ano.