Os moradores de Itaquaquecetuba e Poá, na região do Alto Tietê, em São Paulo, terminaram o primeiro mês do ano pagando mais caro para andar nos ônibus municipais. As prefeituras das duas cidades reajustaram a tarifa em 6% e o valor subiu de R$ 5,00 para R$ 5,30.
Em Itaquaquecetuba, a gestão do prefeito Eduardo Boigues (PP) disse que a empresa responsável pelo transporte na cidade alegou alta nas despesas causada por fatores como a queda no fluxo de passageiros e o dissídio da categoria.
Segundo a prefeitura, o reajuste foi necessário para manter o “equilíbrio econômico-financeiro” do contrato com a concessionária.
Já a prefeitura de Poá afirmou que “tentou segurar o reajuste”, mas não conseguiu porque o contrato com a empresa de ônibus já prevê a mudança nos valores de acordo com “índices de inflação, aumento dos combustíveis e outros itens”.
Ambas as gestões alegam que o valor pedido pelas empresas de ônibus era ainda maior, de R$ 6,21 em Itaquá e R$ 6,70 em Poá.
Com os reajustes nas duas cidades, chega a 14 o número de municípios da região metropolitana que tiveram aumento no preço das passagens para 2023. Até agora, o maior reajuste foi em São Bernardo do Campo, onde o valor nas catracas foi de R$ 5,10 para R$ 5,75, um crescimento de 12,75%.
Outras 17 cidades ainda não reajustaram as tarifas ou já anunciaram que vão manter o preço no mesmo patamar de 2022.
O aumento levou a reclamações de moradores em alguns municípios, como em Guarulhos, onde os moradores questionam a qualidade do serviço e dos pontos de ônibus.