APOIE A AGÊNCIA MURAL

Colabore com o nosso jornalismo independente feito pelas e para as periferias.

OU

MANDE UM PIX qrcode

Escaneie o qr code ou use a Chave pix:

[email protected]

Agência de Jornalismo das periferias
32xSP

Luta antiga, UBS da Vila Ema deverá ser entregue somente em 2018

Image

Por: Redação

Publicado em 29.08.2017 | 14:37 | Alterado em 29.08.2017 | 14:37

Tempo de leitura: 2 min(s)

A UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Ema, bairro da Prefeitura Regional da Vila Prudente, é uma demanda que já dura três décadas. A construção, que desde 2015 passa por uma situação conturbada, tem previsão de término apenas para março de 2018 – a entrega inicial estava prevista para agosto de 2016.

A obra já foi paralisada duas vezes, sendo a última em abril deste ano. Até o momento, a construtora responsável recebeu cerca de R$ 1,2 milhão da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo para dar andamento ao trabalho. A verba total é de R$ 3,5 milhões. Moradores afirmam que a falta de dinheiro foi o responsável para a paralisação das obras, mas os problemas estruturais também têm impactado o trabalho.

Em último laudo feito pela secretaria, o engenheiro responsável constatou que as vigas de concreto do andar térreo e do superior apresentavam deformações, bem como outros quatro pilares.

“Não entendo como eles não detectaram o problema antes. Esperaram construir o segundo andar para ver as deformações? Quem vai arcar com essas despesas”, questiona o conselheiro participativo da Vila Prudente, Gilberto Macedo, 60.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde declara que a vistoria identificou que a obra não estava de acordo com os padrões estéticos, porém, uma nova visita dos órgãos técnicos da Secretaria Municipal de Serviços e Obras constatou que a situação não compromete a estrutura da UBS. O órgão também afirma que a construtora já está realizando as adequações necessárias sem nenhum ônus à municipalidade.

Atualmente, a Prefeitura Regional da Vila Prudente conta com oito UBSs, um PAI (Programa Acompanhante de Idosos), um CER (Centros Especializados em Reabilitação), uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial), um Hospital Dia, uma casa de parto e dois CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). No Programa de Metas 2017-2020 da Prefeitura está prevista a entrega de mais uma unidade básica de saúde para a região.

Enquanto isso, os moradores da Vila Ema que precisam de atendimento médico se deslocam até as UBS da Vila Heloísa e de Hermenegildo. A primeira está em um espaço onde era o salão social dos moradores. Já a segunda, sofre com a falta de acessibilidade para idosos.

“A UBS de Hermenegildo tem uma subida enorme, as pessoas de idade não têm como ir lá. Uma unidade acessível na Vila Ema facilitaria muito”, comenta Sophia Martins, 72, que nasceu na Vila Ema e mora no bairro desde então.

Uma das reclamações da população é a falta de apoio da administração local. “A Prefeitura Regional poderia ajudar pressionando os responsáveis, mas infelizmente, não é isso o que acontece”, desabafa Macedo. A Prefeitura Regional foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento da matéria não se posicionou sobre a situação.

Foto: Laiza Lopes

receba o melhor da mural no seu e-mail

Redação

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias tem como missão minimizar as lacunas de informação e contribuir para a desconstrução de estereótipos sobre as periferias da Grande São Paulo.

Republique

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.

Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.

Envie uma mensagem para [email protected]

Reportar erro

Quer informar a nossa redação sobre algum erro nesta matéria? Preencha o formulário abaixo.

PUBLICIDADE