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Moradores de Marsilac cobram ações da subprefeitura de Parelheiros

Ruas de terra, córrego sujo e esgoto a céu aberto são reclamações antigas dos moradores dos bairros Jardim Embura e Jardim Novo Parelheiros

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Por: Redação

Publicado em 20.09.2018 | 18:50 | Alterado em 20.09.2018 | 18:50

Tempo de leitura: 2 min(s)
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Marsilac é o “último distrito de São Paulo”, localizado na subprefeitura de Parelheiros, extremo sul da cidade (Cesar Ogata/SECOM)

Onze quilômetros separam a sede da subprefeitura de Parelheiros, no Jardim Alamos, distrito de Parelheiros, da rua Catarina Guilger Reimberg, no Jardim Embura, distrito de Marsilac, no extremo sul de São Paulo. De carro, o trajeto pode ser feito em cerca de 20 minutos; de ônibus, pode chegar a 50.

Os moradores da rua reclamam do esgoto a céu aberto formado no local. Segundo eles, diversas reclamações foram feitas na subprefeitura local, porém nenhuma demanda foi atendida até o momento.

Moradora do Embura desde que nasceu, a assistente administrativa Zabelly Miguel Rodrigues, 38, coleciona fotos da água suja acumulada entre a rua e a sarjeta. “Já foram feitas várias reclamações”, enfatiza.

“Sempre que pergunto (na subprefeitura), dizem está em análise ou não tem uma resposta”, prossegue Zabelly.

Em nota, a Secretaria Municipal das Subprefeituras afirma que problemas na rede de esgoto são de responsabilidade da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

“Já foi passado para a Sabesp também por alguns moradores. Não tenho resposta sobre a solução. Na próxima reunião do Conselho de Segurança (Conseg) que o pessoal da Sabesp for, vou tentar conversar com eles”, afirma.

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Esgoto a céu aberto em Marsilac (Reprodução)

Zabelly ri ao dizer que os problemas no esgoto existem “desde que se entende por gente”. Realmente o problema é antigo.

De acordo com o Mapa da Desigualdade da Primeira Infância 2018, da Rede Nossa São Paulo, apenas 36,75% dos domicílios de Parelheiros têm acesso à rede de esgoto. Em Marsilac, o número é ainda menor: 0,81%.

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Nas casas sem acesso à rede de esgoto, a solução é o uso de fossas sépticas. Segundo Zabelly, a água que se acumula na rua vem das pias de cozinhas, tanques e também dos banheiros. O cheiro forte incomoda a todos.

CÓRREGO LIMPO OU SUJO

Outro impasse envolvendo subprefeitura e os moradores de Marsilac envolve o córrego que passa pelo Jardim Novo Parelheiros, na Estrada da Colônia. A administração regional garante ter realizado limpeza em junho deste ano.

“A subprefeitura de Parelheiros informa que realizou limpeza manual do córrego. A limpeza é programada periodicamente e intensificada nos períodos de chuva, mas pode ser agendada perante solicitação do munícipe.”

Os moradores, porém, afirmam que a limpeza não foi feita e continuam aguardando uma solução para o problema.

RUAS DE TERRA

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Cenário com ruas de terra é comum nos bairros de Marsilac, extremo sul de São Paulo (Cesar Ogata/SECOM)

Caminhar por ruas de terra em Marsilac é algo comum. Os moradores das estradas do Caibro, Estrada da Lagoa e outras vias do local reclamam que não há colocação de brita por parte da subprefeitura.

No Facebook, o administrador da página Marsilac em Foco, Mauro Malafaia, costuma gravar vídeos nas ruas. “É no conta-gota (que colocam as britas), pedacinho em pedacinho”, explica, cobrando ações mais efetivas dos administradores locais.

“A subprefeitura de Parelheiros informa que faz serviços diários [de colocação de brita] em toda a regional. Caso algum local necessite, o morador pode solicitar pela central SP156, especificando o local”, diz a Secretaria Municipal das Subprefeituras. A comunicação pode ser feita pelo telefone 156, aplicativo ou pelo site.

No domingo (8), a reportagem do 32xSP circulou por algumas vias, como a Estrada da Lagoa, e não havia brita cobrindo o chão de terra batida.

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