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Nove patrimônios históricos e culturais nas periferias de SP para você conhecer

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Por Redação | 26.08.2016

Publicado em 26.08.2016 | 7:40 | Alterado em 31.01.2023 | 15:57

Tempo de leitura: 4 min(s)

Nos dias 27 e 28 de agosto acontece a 2ª edição da Jornada do Patrimônio na cidade de São Paulo, evento que promove visitas a locais que são considerados patrimônios históricos e culturais da capital. Assim, há a possibilidade de aproximar a população a lugares particulares e públicos que fazem parte da memória de São Paulo e ainda preservam elementos da construção original.

Para aproveitar a data, reunimos alguns patrimônios que estão localizados nas nossas periferias e, de quebra, incluímos algumas cidades da vizinhança.

1. Capela de São Sebastião do Bororé

Foto: Priscila Pacheco / Agência Mural

Localizada na Ilha do Bororé, bairro do distrito Grajaú, a Capela de São Sebastião do Bororé foi construída em 1904. O tombamento realizado somente em 2013 também protege bens que integram o acervo da capela, caso da imagem do padroeiro São Sebastião, esculpido em madeira e com traços indígenas. No templo ainda são realizadas missas todos os domingos.
Endereço: Estrada de Itaquaquecetuba, 7529, Ilha do Bororé, Grajaú — zona sul

2. Casa do Sítio da Ressaca

Foto: Vagner Vital / Agência Mural

Construída em 1719, segundo uma inscrição existente na verga da porta principal, a Casa do Sítio da Ressaca, no Jabaquara, ainda preserva uma estrutura bandeirista com portas e batentes originais e modulada com a técnica de taipa de pilão. O nome faz jus ao córrego Barreiro, também conhecido como Fagundes e Ressaca, que banhava o antigo caminho de Santo Amaro, nas proximidades do então Sítio. Hoje, a casa sede do Sítio recebe exposições e atividades voltadas à memória da presença afro-brasileira na região.
Endereço: Rua Nadra Raffoul Mokodsi, 3, Jabaquara — zona sul
Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita

3. Aché Ile Obá

Foto: Vagner Vital / Agência Mural

Inaugurado em 1977, a sede do Terreiro Aché Ile Obá, no Jabaquara, está instalado em uma área de 4000 m². Possui espaços reservados para cada Orixá, ou família de Orixás, salas ligadas ao culto, além de um barracão para festas abertas e cerimônias privadas. O Axé Ile Obá foi tombado como patrimônio cultural em 1990.
Endereço: Rua Azor Silva, 77, Jabaquara — zona sul

4. Casa de Cultura Municipal da Vila Guilherme — Casarão

Foto: Eduardo Micheletto / Agência Mural

Construído em 1924, para abrigar o antigo Grupo Escolar da Vila Guilherme, o edifício ainda conserva características originais nos espaços e no uso dos materiais. O prédio apresentava diferenças entre os edifícios escolares construídos durante a Primeira República e se destacava na paisagem do bairro que era formado por casas esparsas e ruas de terra. Tombado em 2013, o espaço abriga desde junho de 2016, a Casa de Cultura Municipal da Vila Guilherme.
Endereço: Praça Oscar Silva, 111, Vila Guilherme — zona norte
Horário: Terça a sexta, das 10h às 20h. Sábado das 10h às 18h.
Entrada gratuita

5. Sítio Mirim

Foto: Vander Ramos / Agência Mural

No distrito Vila Jacuí, estão as ruínas da Casa Bandeirista do Sítio Mirim, patrimônio histórico tombado em 1973. O local conta um pouco da história de São Paulo, pois é um espaço que mostra o que foi a vida rural na época do Brasil Colônia. Para os arqueólogos, o maior valor está no subsolo, onde estão enterrados artefatos utilizados no século 16 e 17. Contudo, a falta de placa de identificação e de iluminação nas ruínas contribui para a depreciação e esquecimento do sítio.
Endereço: Avenida Assis Ribeiro, altura do número 9500, Vila Jacuí — zona leste

6. Capela Biacica

Foto: Vander Ramos / Agência Mural

A Capela da Fazenda Biacica foi construída em 1682 e tombada como patrimônio cultural histórico do Jardim Helena em 1994. O local esconde riquezas históricas e culturais dentro de uma área verde repleta de palmeiras imperiais e outras árvores centenárias. A Capela fica entre a vegetação que margeia o rio Tietê e correu o risco de ser demolida pelo projeto do governo estadual conhecido como Parque das Várzeas do Rio Tietê.
Endereço: Estrada da Biacica, s/n, Jardim Helena — zona leste

7. Capela de São Miguel Arcanjo

Foto: Gustavo Soares / Agência Mural

A Capela de São Miguel Arcanjo é o templo religioso mais antigo da cidade de São Paulo e um dos mais antigos do Brasil. Foi fundada em 1560 pelo Padre José de Anchieta para a colonização e evangelização de índios. Na época, a região que a abriga era conhecida pelos nativos como Aldeia de Ururaí, que significa “Rio dos Lagartos”. Após a colonização, o local passa a ser conhecido como São Miguel e dá origem a um dos mais velhos bairros da cidade, São Miguel Paulista.
Endereço: Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, 10, São Miguel Paulista — zona leste

8. Escola Estadual Coronel Almeida

Foto: Martina Ceci / Agência Mural

A Escola Estadual Coronel Almeida é uma das primeiras instituições de ensino público do município de Mogi das Cruzes. Foi construída em 1901 e até hoje preserva as características originais. No prédio foram acrescentados apenas um pátio coberto e sanitários. A escola está localizada na principal praça da cidade e é referência no ensino infantil.
Endereço: Rua Dr. Paulo Frontin, 240, Centro — Mogi das Cruzes

9. Igreja Matriz de Nossa Senhora d’Ajuda

Foto: Lucas Landin / Agência Mural

A Igreja Matriz de Nossa Senhora d’Ajuda foi construída em 1624, 64 anos após a chegada dos primeiros jesuítas a então aldeia de Itaquaquecetuba.
O templo feito em taipa de pilão e erguido no ponto mais alto do Vale Tietê tinha a finalidade de abrigar a catequização dos índios guaianases que ali habitavam. A Igreja perdeu parte das características originais em reformas e foi tombada como patrimônio histórico em 2008. As inscrições de 1905 e 1917 na fachada são as datas de reinauguração da igreja após às reformas promovidas pelo Município de Mogi das Cruzes. Itaquaquecetuba foi emancipada de Mogi das Cruzes somente em 1953.
Endereço: Praça Pe. João Álvares, s/n, Centro — Itaquaquecetuba

Textos e pesquisas: Eduardo Micheletto, Gustavo Soares, Lucas Landin, Martina Ceci, Priscila Pacheco, Vagner Vital e Vander Ramos

Organização e edição: Priscila Pacheco é correspondente do Grajaú

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