Confira a lista de partidos e como as siglas se posicionam com relação à presidência
Por: Cleberson Santos | Paulo Talarico
Notícia
Publicado em 28.09.2022 | 9:38 | Alterado em 01.10.2022 | 12:10
As eleições são domingo (2) e durante a campanha eleitoral sempre é comum ver políticos que querem que você grave apenas o número dele, como se o voto fosse apenas um processo de memorização para o dia da votação. Mas qual posição está por trás desses quatro ou cinco dígitos?
Candidatos a deputado estadual e deputado federal não são eleitos apenas pelos votos dados a eles, mas pela quantidade de pessoas que escolhem o partido.
A definição de quem entra é feita pelo quociente eleitoral – uma conta meio complicada, mas que, na prática, quer dizer que primeiro é observado se o partido todo fez votos suficientes.
EXEMPLO:
Depois de contabilizar os votos válidos, fica definido que são necessários 2.000 votos para eleger 1 deputado.
Se o partido fizer 10 mil votos, elegerá 5 deputados.
Se fizer 4.000 elegerá 2.
Armadilha. Nesse caso, se um partido faz 1.999 não elege ninguém, mesmo que tenha um candidato que seja muito bem votado.
Isso quer dizer que quando você vota em um candidato, está votando nele e também no partido como um todo e nas ideias que este partido defende.
Mas você sabe a posição do partido do seu candidato? Para ajudar nisso, vamos separar aqui os números de cada sigla e quem eles apoiam para presidente. Cabe aos deputados federais aprovarem ou rejeitarem projetos aprovados pelo próximo gestor. Por isso, vale ficar atento.
Os dois primeiros números dos candidatos a federal e a estadual são os números que definem o partido.
Confira abaixo a lista completa dos partidos, o número dele na urna e de qual coligação faz parte:
Candidatos a deputado que começam com os números 13, 18, 36, 40, 43, 50, 65, 70 e 90 são de partidos que apoiam Lula.
13 – PT
18 – Rede
36 – Agir
40 – PSB
43 – PV
36 – Agir
50 – PSOL
65 – PCdoB
70 – Avante
90 – PROS
Candidatos a deputado que começam com números 10, 11 e 22 são de partidos que apoiam Bolsonaro.
10 – Republicanos
11 – PP
22 – PL
Candidatos a deputado que o número começa com 12 estão com Ciro Gomes (PDT).
12 – PDT
Candidatos a deputado que começam com números 15, 19, 23 e 45 são de partidos que apoiam Simone Tebet.
15 – MDB
19 – Podemos
23 – Cidadania
45 – PSDB
Os números 14, 16, 21, 27, 30, 44 e 80 são de candidatos a deputado de partidos que apoiam oficialmente outros candidatos à presidência.
Soraya Thronicke
44 – União Brasil
Felipe Davila
30 – Novo
Padre Kelmon
14 – PTB
Vera
16 – PSTU
Sofia Manzano
21 – PCB
Eymael
27 – DC
Léo Péricles
80 – UP
Os números 20, 28, 33, 35, 51 e 55 são de legendas que não apoiam oficialmente nenhum candidato à presidência. Na prática, isso libera os candidatos do partido para apoiarem quem preferir no 1º turno. Há partidos como o PSD que tem posições diferentes, dependendo do estado (em Minas apoia Lula e em São Paulo está com Bolsonaro).
Não apoiam ninguém oficialmente:
20 – PSC
28 – PRTB
33 – PMN
35 – PMB
51 – Patriota
55 – PSD
No caso do número 29, o PCO apoia Lula, mas não faz parte da coligação.
Vale ressaltar que há candidatos que tentam se desvincular do apoio do partido. Além disso, é bem comum que as alianças nos estados sejam diferentes da formada na disputa presidencial.
Em São Paulo, o União Brasil está coligado à candidatura de Rodrigo Garcia (PSDB), porém o partido conta com uma candidata própria para a presidência, Soraya Thronicke.
O PP é outro que não seguiu à aliança nacionalmente, também apoiando Garcia em São Paulo ao invés de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato do presidente Jair Bolsonaro.
Correspondente do Capão Redondo desde 2019. Do jornalismo esportivo, apesar de não saber chutar uma bola. Ama playlists aleatórias e tenta ser nerd, apesar das visitas aos streamings e livros estarem cada vez mais raras.
Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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