Produtoras caseiras contam como está sendo a venda de chocolates neste período de pandemia
Por: Redação
Notícia
Publicado em 11.04.2020 | 18:54 | Alterado em 16.12.2020 | 18:56
Em tempos de Covid-19, como estão as vendas para quem trabalha com ovos de Páscoa caseiros nas periferias de São Paulo? De acordo com uma pesquisa da APAS (Associação Paulista de Supermercados) a páscoa é o segundo melhor feriado pro varejo alimentar.
O “Em Quarentena” conversou com confeiteiras da periferia, que acabam aproveitando a época para aumentar a renda familiar, para entender o impacto do coronavírus em seus negócios.
Lívia, que vive no ABC, falou que não viu as vendas caírem, mas penou para encontrar embalagens para os chocolates, já que todas as lojas estão fechadas devido a quarentena.
“Teve alguns pedidos que acabei nem podendo fazer uma decoração mais requintada, tive que optar por tudo muito básico, por não ter como comprar esses artigos”. (ouça a partir de 01:20)
A correspondente da Agência Mural, Lara Deus, que fez uma matéria sobre o assunto, contou que a entrega das encomendas tem sido uma das dificuldades enfrentadas dos produtores de ovos de páscoa caseiros.
“Muitos deles anunciaram que entregam nas estações de metrô. Que é uma coisa bem comum para quem vende e compra pela internet aqui em São Paulo. Mas com o isolamento social, é muito arriscado você sair e ir para um lugar como a estação do metrô, em que passam várias pessoas”. (a partir de 01:42)
A confeiteira do ABC, Lívia, compartilhou como tem feito as entregas. “Acaba tendo venda que deixo de lucrar porque estou enviando pelo uber. Os clientes que têm acesso e conseguem vir buscar, faço um desconto. E os que pegam pelo uber, consigo dividir um pouco a taxa”. (ouça em 02:26)
Quem também comentou como tem se virado para fazer as entregas e evitar prejuízos maiores foi a confeiteira Leila, que mora em Osasco, na Grande São Paulo.
“Meu marido está fazendo as entregas nas regiões de Osasco e Barueri. Então não está sendo tão ruim, mas não terei tanto lucro. Estou vendendo para pagar o [material] que comprei”. (em 02:53)
Outra mulher que vende chocolates e compartilhou sua história foi Elizabeth, de Campo Limpo, na zona sul de São Paulo.
“Eu comecei a trabalhar com ovo de páscoa, bolo de pote e essas coisas em 2017. E nesse ano estou com bem mais demanda. Não sei se é por causa do que está acontecendo, mas estou com bastante demanda, graças a Deus”. (em 03:20)
Elizabeth disse que criou uma conta no Instagram para divulgar ainda mais seu trabalho.
“Só faz 15 dias que fiz [a conta] e já teve gente de lá que entrou em contato comigo e fez algumas encomendas”. (em 03:48)
Ouça este bate papo completo no Em Quarentena #14: Como o coronavírus afeta a venda de ovos de Páscoa nas periferias.
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