Nos cincos distritos do Butantã vivem cerca de 428 mil pessoas; algumas em grandes mansões de luxo pelo Morumbi, outras em favelas e ocupações
Por: Redação
Notícia
Publicado em 14.10.2020 | 12:30 | Alterado em 22.11.2021 | 16:00
Neste programa o “Em Quarentena” conversou com moradoras das periferias da subprefeitura do Butantã, na zona oeste de São Paulo, região que possui muitos contrastes sociais.
A subprefeitura do Butantã abriga cinco distritos: Morumbi, Vila Sônia, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Butantã.
Por lá vivem cerca de 428 mil pessoas. Algumas em grandes mansões de luxo pelo Morumbi, outras em favelas e ocupações. São realidades completamente diferentes e que são apontadas no Mapa da Desigualdade da Rede Nossa São Paulo.
Luanna Romão, moradora do bairro Jardim Esmeralda, do distrito do Butantã, abriu o episódio enfatizando esses contrastes.
“Embora o Butantã seja considerado por muitos uma região nobre a realidade é outra, pois ela possui bairros mais pobres, ou seja, os moradores em sua maioria moram em periferias espalhadas pelo distrito”. (ouça a partir de 00:01)
Estela Aguiar, que mora no bairro JD João XXIII, no distrito Raposo Tavares, comentou sobre a falta de opção de lazer e saúde na região.
“No lazer os espaços que têm a promoção da cultura e da prática de esportes, como o Céu Uirapuru e esses aparelhos que ficam ao ar livre para você fazer uma atividade física, são lugares que, infelizmente, estão mais abandonados. E na questão da saúde os postos de saúde daqui não dão conta da demanda”. (a partir de 01:01)
Nos indicadores do Mapa da desigualdade o distrito da Raposo Tavares está zerado em vários pontos, como teatros, salas de show, museus, cinemas e centros culturais, casas e espaços de cultura.
Mas como em qualquer outra periferia, no Butantã também existem pontos positivos. A Luanna opinou sobre as melhores características do bairro.
“São as áreas verdes que estão distribuídas entre a avenida principal que dá acesso à Rodovia Raposo Tavares, contendo praças para atividades físicas, pequenos parques, preservação comunitária, em que os moradores plantam flores usando pneus velhos, além de campos de futebol de várzea”. (ouça em 02:17)
Ela mencionou também um espaço aberto ao público chamado Educandário. O local é arborizado e oferece atividades à população. Ele é considerado também um ponto histórico local.
A subprefeitura do Butantã é super bem arborizada. Ela é a sexta com mais área verde por habitante na cidade, com uma proporção de 41,59%.
Para saber mais sobre Butantã e outros distritos de São Paulo, acesse o site 32xsp.org.br.
Sintonize também a rádio CBN São Paulo todos os dias às 11h da manhã, que lá rola um quadro com as informações do 32xSP sobre as desigualdades entre as subprefeituras.
Ouça este bate papo completo no Em Quarentena #36 – Segunda Temporada – A desigualdade social no Butantã.
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