Na avenida Alípio de Barros, na zona leste de SP, móveis velhos, eletrodomésticos usados e entulhos têm sido despejados frequentemente
Por: Redação
Publicado em 23.03.2017 | 14:19 | Alterado em 23.03.2017 | 14:19
Cerca de 5,2 milhões de pessoas morrem por ano no mundo vítimas de doenças transmitidas pelo lixo, segundo dados da CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem). Lixo este, muitas vezes descartado de maneira irregular.
Os moradores do Jardim Helena, no extremo leste da capital, vêm presenciando esse problema há um tempo. Na avenida Alípio de Barros, atrás da Centro de Educação Infantil Jardim São Martinho, por exemplo, móveis usados, eletrodomésticos e entulhos tem sido despejados frequentemente.
Hoje, a área está em processo de mudança mas, de acordo com Maria Claudia Bento, 38, que passa pelo local quando volta do trabalho, há outros pontos na região que também estão viciados e precisam de ajuda da prefeitura, como o que está situado na rua Francisco Antônio Meira. “A criação de um Ecoponto seria importante aqui”, ressalta.
A reportagem do 32xSP conversou com uma das funcionárias da escola, que pediu para não ser identificada, e ela destacou o quanto é triste esta situação. “Eu já cheguei aqui e vi pessoas colocando lixos, mas o máximo que pude fazer foi chamar a atenção delas ou nem isso. Também já vi várias vezes ratos, baratas andando por aqui”, afirma.
Para o prefeito regional, Edson Marques, o ato é ilegal e deve ser combatido. “Implica também em uma questão de saúde pública, pois já vi muitas crianças com dificuldades respiratórias na região”.
Edson Marques informou que o ponto viciado de lixo está sob os olhares da prefeitura regional. O projeto para área, que já está em andamento e tem previsão de entrega até o final deste mês, é uma parceria entre a Secretária Municipal do Verde e Meio Ambiente e da Saúde.
A ação foi dividida em três fases. O primeiro momento foi a colocação de cartazes informando sobre a pena de multa de até R$ 12 mil por jogar entulho acima de 50 quilos na área. Mesmo assim, houve apenas três apreensões até o momento.
Na segunda fase, está inclusa a retirada dos entulhos e a revitalização da calçada com a colocação de gramado. E, na terceira fase, serão feitos grafites no muro da escola com desenhos elaborados pelos alunos.
A pernambucana Rosereni Silva, 34, que chegou a São Paulo para trabalhar, tem uma barraca de tapioca em frente ao ponto viciado de lixo. “Eu nunca vi ninguém jogando lixo, mas sempre vejo a calçada cheia, impossibilitando a passagem”, diz.
Para Edson, a criação de um ecoponto na região é muito importante e está nos planos da gestão para que o primeiro do Jardim Helena seja instalado. Os únicos Ecopontos que existem na região ficam a cerca de 4 km de distância da escola.
Foto: Danielle Lobato
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