Plano de reabertura da economia estava na fase verde e ficou assim durante todo o período eleitoral; ocupação de UTIs aumentou
Léu Britto/Agência Mural
Por: Lucas Veloso
Notícia
Publicado em 30.11.2020 | 15:45 | Alterado em 27.02.2024 | 16:22
Em uma coletiva de imprensa no início da tarde desta segunda-feira (30), o governador João Doria incluiu todo o estado de São Paulo na fase amarela do Plano SP.
“Essa medida, quero deixar claro, não fecha comércio, nem bares, nem restaurantes. A fase amarela não fecha atividades econômicas, mas é mais restritiva nas medidas para evitar aglomerações e o aumento do contágio da Covid-19″, ponderou Doria.
De acordo com a alteração, estabelecimentos de todos os setores ficam com capacidade limitada a 40%, funcionamento máximo de 10 horas por dia e horário de funcionamento limitado até as 22 horas, além de que eventos com público em pé passam a ser proibidos.
O comunicado chegou em meio à declarações de especialistas médicos sobre o aumento de casos e mortes no estado e na cidade de São Paulo. Números da Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, as internações, no sábado (28) foram quase 20% superiores às de 28 dias atrás. O aumento na ocupação proporcional dos leitos de UTI na Grande São Paulo, onde a taxa chegou a 58%, também foi notado e impactou na decisão.
No Plano São Paulo, na fase amarela, espaços culturais como cinemas, teatros e museus podem continuar abertos, mas as prefeituras têm autonomia para decidir o que e quando deve reabrir. Na capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) determinou que a abertura dos setores da cultura só ocorreria quando a cidade estivesse na fase verde.
Outro anúncio do governo foi de que a análise dos dados deixará de ser a cada 28 dias e passará a ser a cada 7 dias para acompanhar a trajetória da pandemia no estado.
A decisão desta segunda estava prevista para 16 de novembro, mas foi adiada. O governo estadual justificou que a mudança foi devido a um apagão de dados que gerou instabilidade do sistema Sivep-Gripe do Ministério da Saúde em 5 de novembro. Na ocasião, o estado chegou a ficar cinco dias sem atualizar os dados da pandemia.
Além disso, o governo apontou que 62 cidades do estado estão com a ocupação de leitos acima dos 75% por causa do novo coronavírus.
Delas, 20 são da Grande São Paulo: Arujá, Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Diadema, Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Poá, Ribeirão Pires, Santana de Parnaíba e Suzano.
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