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Agência de Jornalismo das periferias

Rubens Rodrigues/Agência Mural

Por: Rubens Rodrigues

Notícia

Publicado em 31.01.2025 | 17:17 | Alterado em 31.01.2025 | 17:17

Tempo de leitura: 3 min(s)

Há cinco anos, a dona de casa Marina Muniz, 39, faz questão de levar as filhas gêmeas, Alice e Sofia, 5, ao Parque Ecológico da Várzea, em Embu Guaçu, na Grande São Paulo. Além da desconexão do mundo digital e aproximação com a natureza, um vagão de trem se tornou uma das principais atrações para as filhas nas férias.

“Trago elas para largar do celular, ter mais contato com outras crianças, brincar no playground e aproveitar a brinquedoteca do trem que elas adoram”, conta a moradora da Vila Schunck.

A brinquedoteca funciona dentro de uma locomotiva doada pela Rumo/ALL. Nela, crianças de até 10 anos podem ouvir histórias infantis além de desenhar, pintar e brincar.

Vagão de trem dentro do Parque Ecológico da Várzea @Rubens Rodrigues/Agência Mural

O espaço foi doado pela empresa, pois estava sem uso. A Rumo é responsável pela concessão da malha ferroviária que opera com trens de carga na cidade há mais de 91 anos. O parque está situado ao lado da linha de trem de carga que passa pela cidade, como parte do trajeto entre o Porto de Santos e o interior do estado.

Inicialmente, o vagão serviu de almoxarifado e foi transformado. De acordo com a SEMIL (Secretaria de Meio Ambiente, Logística e Infraestrutura do Estado de São Paulo), o local tornou-se uma brinquedoteca devido ao aumento das atividades e do público infantil.

Em 2024, o parque recebeu 103.270 visitantes, sendo uma média de 8 a 9 mil visitantes mensais. Alguns vem de longe para ver a área.

Manuela Festa, 3, visitou pela primeira vez o espaço com a mãe. Moradora da Vila Matilde, na zona leste da capital paulista, ela veio aproveitar as férias escolares na casa da avó.

Ela brincou, desenhou e ouviu história contada pela monitora do parque. “Aqui é muito legal porque eu posso brincar com a Vandinha (boneca). Eu também fiz um desenho para levar pra minha mamãe”.

Manuela foi com a mãe conhecer o Parque e se divertir com os brinquedos @Rubens Rodrigues/Agência Mural

O público infantil ainda pode aproveitar o playground com balanço, gangorra e um escorregador. Tem a opção de jogar bola no minicampo e também usar a quadra de vôlei.

O auxiliar administrativo Rodrigo do Nascimento, 40, destacou a importância do parque está situado na cidade.

“Não preciso gastar mais de um hora e ter que sair da minha cidade para proporcionar uma diversão para minha filha”, afirma o morador do bairro Valflor, referindo-se aos parques que ficam distante de Embu-Guaçu.

Ponte desativada

Apesar dos elogios, moradores reclamam da desativação de um dos atrativos do parque. Uma ponte de madeira com extensão de 1 km para explorar a fauna e flora da cidade.

Morador há 40 anos de Embu-Guaçu, Rodrigo lembra com nostalgia os tempos que visitou o parque com os colegas da escola. “Era uma atração porque as pessoas ficavam curiosas para saber o que havia no final da ponte, especialmente as crianças”, relembra o assistente administrativo.

Procurada, a secretaria não falou sobre a situação da estrutura.

Rodrigo aproveita o dia de folga para curtir com a filha Rafaela @Rubens Rodrigues/Agência Mural

Inaugurado há 27 anos, o Parque Ecológico da Várzea é o único espaço na cidade constituído pelas várzeas dos rios Embu-Guaçu e Ribeirão Santa Rita, que contribuem com a represa Guarapiranga. É a única área de lazer desse tipo no município.

Além da parte de recreação, o visitante também pode acompanhar exposições permanentes, como um acervo dos resíduos encontrados no Rio Embu-Guaçu e na Represa Guarapiranga dentro do Núcleo de Educação Ambiental.

Há ainda uma exposição de espécies de animais em conservação encontradas na biodiversidade da região como cobras, aranhas, escorpiões, morcegos, entre outros.

Visitantes podem adquirir uma muda para plantio @Rubens Rodrigues/Agência Mural

Adultos e crianças jogam vôlei na quadra de areia @Rubens Rodrigues/Agência Mural

As crianças aproveitam o campo do parque para jogar futebol @Rubens Rodrigues/Agência Mural

O local também possui um viveiro que produz mudas de árvores e que são doadas aos visitantes. A doação é limitada a uma muda por pessoa. Para retirá-la, é preciso fazer um cadastro na administração do parque.

A área de visitação pública conta ainda com quatro quiosques com mesas e bancos para quem deseja fazer um piquenique ou um simples momento de descanso em meio à natureza.

Parque Ecológico Várzea do Embu- Guaçu

Endereço: Rod. José Simões Louro Júnior, 111 – Jardim Valflor

Horário de funcionamento: Todos os dias das 07h às 18h

Preço: Gratuito

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Rubens Rodrigues

Jornalista e correspondente de Embu Guaçu desde 2015. Apaixonado pelo jornalismo e por futebol de várzea.

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