Agência Mural está entre as 30 iniciativas brasileiras que integram a Associação de Jornalismo Digital
Por: Cíntia Gomes
Notícia
Publicado em 07.06.2021 | 13:32 | Alterado em 22.11.2021 | 16:42
Neste dia 7 de junho, em que se comemora o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, é lançada oficialmente a Ajor – Associação de Jornalismo Digital, que já reúne 30 organizações de todo o país – entre elas, a Agência Mural de Jornalismo das Periferias.
Para comemorar o lançamento, o Conselho da Ajor convidou o professor Rosental Calmon Alves, diretor do Knight Center for Journalism in the Americas para uma live no dia 10 de junho, às 19h. Rosental, que contribuiu para a articulação que levou à formação da Ajor, vai conduzir a conversa com os representantes da nova associação.
A fundação da Ajor acontece num momento de transformação da forma como o jornalismo é produzido e consumido no Brasil e no mundo. Novas organizações de mídia digital têm se consolidado como geradoras de mudanças na sociedade, firmando posições em defesa de direitos humanos e contra a desinformação e abusos de poder.
A primeira presidente da Ajor, Natalia Viana, diretora executiva da Agência Pública de Jornalismo Investigativo, priorizará em sua gestão a consolidação das mudanças pelas quais passou o jornalismo no Brasil.
“Os veículos digitais estão há alguns anos liderando a inovação no jornalismo brasileiro. A associação vem para fortalecer esse cenário e portanto melhorar o nosso jornalismo como um todo em um momento em que ele enfrenta sérios desafios”, afirma.
A principal missão da organização é o fortalecimento do jornalismo brasileiro, e suas atividades organizam-se em três eixos de atuação: a profissionalização e fortalecimento das associadas (orientações sobre melhores práticas e construção de parcerias para formação), a defesa do jornalismo e da democracia (monitoramento de decisões do poder público, criação de ferramentas de defesa legal e organização de eventos) e a promoção de diversidade. Mais de 20 das 30 organizações fundadoras têm mulheres e pessoas negras em posição de liderança.
“A Ajor é um passo importante para o jornalismo brasileiro. A reunião de tantas organizações diferentes reforça que a diversidade na imprensa é fundamental para a democracia. Estamos felizes em fazer parte desta força coletiva,” destaca Cíntia Gomes, diretora institucional da Agência Mural de Jornalismo das Periferias.
Desde a realização da segunda edição do Festival 3i (inovador, inspirador, independente), evento promovido por mídias nativas digitais para debater o jornalismo, a iniciativa de criar uma organização vem sendo discutida. Mesmo antes do lançamento oficial, marcado para 7 de junho, as associadas à Ajor já vinham realizando algumas atividades, como as Conversas em Off, reuniões quinzenais entre para discutir questões estratégicas relacionadas aos negócios e buscar soluções inteligentes a partir das experiências de cada organização.
A partir de julho, a Ajor realizará Conversas Abertas transmitidas via Facebook Live, Linkedin e canal do YouTube com um/a convidado/a, que compartilhará o processo de construção de um conteúdo ou produto que seja um case de sucesso do jornalismo digital brasileiro. Para o início do ano que vem, o conselho da Ajor planeja a realização da 3ª edição do Festival 3i, evento pioneiro no continente voltado para a inovação e empreendedorismo, questões essenciais para esta nova geração do jornalismo digital.
As 30 organizações que fundaram a Ajor são uma pequena amostra da diversidade dos novos veículos de mídia do país. Há associadas em todas as regiões do país, com diferentes modelos de negócio e tipos de produção de conteúdo. Além da Agência Mural, estão na Ajor organizações como Alma Preta, #Colabora, Data_labe, Énois, Gênero e Número, Marco Zero Conteúdo, Nexo, Nós, mulheres da periferia, Repórter Brasil e Revista AzMina.
“Sabemos que o jornalismo digital brasileiro está em uma fase vibrante e por isso já lançamos a Ajor com o desafio de ampliar o número de associadas, buscando representatividade dos quatro cantos do país”. diz a presidente Natalia Viana.
Diretora institucional e cofundadora da Agência Mural, correspondente do Jardim Ângela desde 2010. Como boa escorpiana, é desconfiada, decidida e curiosa. Ama o mar, livros, dançar, ver filmes, comer doces e pipoca.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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