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Após fim da greve dos professores e volta às aulas, Prefeitura promete reposição

Responsáveis por alunos divergem sobre paralisação que durou mais de um mês. Secretaria Municipal de Educação diz que os 200 dias letivos serão cumpridos

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Por: Redação

Publicado em 19.03.2019 | 17:18 | Alterado em 19.03.2019 | 17:18

Tempo de leitura: 3 min(s)
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Professores em assembleia em SP (Sindsep)

A greve dos professores da rede municipal de ensino de São Paulo chegou ao fim no último dia 8. No dia 11, os estudantes voltaram às escolas normalmente, depois de pouco mais de um mês de paralisação dos profissionais da educação e de outras áreas.

Este foi o caso da cuidadora de idosos Cintia Lima, 29. Ela tem três filhas em idade escolar, mas apenas na escola da filha caçula, Milena Lima, 8, houve paralisação de fato.

Ela afirmou que não terá problemas para encaminhar à filha ao Emef (escola municipal de ensino fundamental) Pedro Shunck, no Jardim Silveira, zona sul de São Paulo.

“Se tiver reposição de aula, ela vai sim, porque é um direito dela ter os 200 dias letivos”, afirmou Cintia.

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A cuidadora de idosos se mostra favorável à greve dos professores. Durante o período sem aulas, ela fez a filha ler em casa e a ajudou com exercícios de matemática.

Segundo Cintia, a volta às aulas foi tranquila e a família tem participado das atividades na escola. Porém, nem todos os pais pensam como a cuidadora.

“Achei absurdo essa greve. Os alunos ansiosos para ir à escola e os professores correndo atrás de benefícios para quem?”, questiona Emerson Hirata, 41.

A autônoma Meire da Silva, 36, comemora a volta das crianças à escola, mas espera que seu filho não tenha que repor aulas aos sábados.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que os 200 dias letivos serão cumpridos. “A direção de cada unidade de ensino verificará com sua comunidade escolar, dentro da obrigatoriedade prevista em lei, o calendário de reposição”.

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CRONOGRAMA DA GREVE DOS PROFESSORES

Os servidores municipais reivindicam uma maior valorização profissional e protestavam contra a chamada Reforma da Previdência municipal, que aumentava a contribuição de 11% para 14%.

Além da criação de um sistema de previdência complementar, o SampaPrev, para trabalhadores com remuneração superior ao teto: R$ 5,6 mil. Confira abaixo um cronograma da greve e qual foi a proposta aceita pelos profissionais.

04/02 – Início do ano letivo na rede municipal de ensino foi marcado pela greve dos professores. Profissionais reivindicavam revogação das mudanças da previdência, que aumentou a alíquota de contribuição.

05/02 – Em nota ao 32xSP, Prefeitura informou que greve dos servidores municipais “concentrou-se basicamente na área de educação”.

11/02 – Prefeitura começou a contratar professores temporários para substituir os que estavam em greve.

13/02 – Cerca de 120 escolas municipais estavam totalmente paralisadas por causa das greves. O município tem 3,5 mil escolas.

14/02 – Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Prefeitura de São Paulo mandou registrar a ausência de servidores grevistas como falta injustificada.

19/02 – Servidores se reúnem em assembleia geral e decidem manter greve.

22/02 – Prefeitura propõe adicional salarial aos professores que atingirem metas estipuladas administração municipal e promete não descontar faltas ocorridas durante a greve.

26/02 – Sindicato dos Professores em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) realiza ato em frente à prefeitura. Greve é mantida.

08/03 – Após 33 dias de greve, servidores chegaram a acordo com a gestão Bruno Covas (PSDB) e encerraram greve.

As propostas da prefeitura aos grevistas foram: reconhecer o direito à greve e pagar os dias descontados; não enviar à Câmara projeto que aumentaria ainda mais a contribuição dos servidores; discutir valorização do piso salarial dos professores em abril; e abono salarial de emergência nos valores de R$ 200 para os funcionários de nível básico e R$ 300 para os de nível médio.

11/03 – Volta às aulas.

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