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A diferença no número de leitos hospitalares entre Bela Vista e Parelheiros

Quantidade de leitos públicos e privados entre regiões nobres e periféricas da capital paulista chega a uma desigualdade superior a cinco mil vezes

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Por: Redação

Publicado em 22.11.2019 | 15:19 | Alterado em 22.11.2019 | 15:19

Tempo de leitura: 2 min(s)

Em São Paulo, ser internado em um hospital municipal pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou em um leito hospitalar privado pode ser menos ou mais acessível à população dependendo da região onde o paulistano mora.

Segundo o Mapa da Desigualdade 2019, realizado pela Rede Nossa São Paulo, a diferença entre a quantidade de leitos hospitalares nos bairros nobres da capital paulista e nos distritos das periferias chega a ser de mais de cinco mil vezes.

Enquanto o distrito da Bela Vista, na região central de São Paulo, possui uma média de 38 leitos hospitalares para cada mil moradores, a cerca de 50 quilômetros de distância dali, no distrito de Parelheiros, extremo sul da cidade, esse índice é de 0,007 leito hospitalar para cada mil habitantes.

Em Parelheiros, há apenas um leito hospitalar para atender a uma população de cerca de 146 mil pessoas, conforme mostram dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.

Em março de 2018, foi inaugurado um hospital municipal no distrito, que presta serviços parcialmente à população desde então. Quando estiver em pleno funcionamento (no segundo semestre de 2020, segundo previsão da Prefeitura), a unidade terá 258 leitos disponíveis, sendo 20 de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

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Hospital Municipal de Parelheiros funciona parcialmente (Vagner Vital/32xSP)

DESIGUALDADES NA CIDADE

Dos 96 distritos de São Paulo, 30 deles possuem menos de um leito hospitalar para cada mil habitantes. Além disso, outros 18 distritos não possuem nenhum leito, seja público ou privado. Quem mora nesses locais, precisa se deslocar para regiões próximas em casos de internação.

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Na Cidade Líder, zona leste, que tem em torno de 127 mil moradores, não há hospitais municipais ou estaduais com leitos hospitalares. Por outro lado, existem três AMAs e também três UBS em alguns bairros que fazem o pronto atendimento e consultas de algumas especialidades.

Em casos que precisam de internação, o atendimento atualmente é encaminhado para os hospitais Tatuapé ou Planalto, em Itaquera.

No Capão Redondo, zona sul, a situação se repete: com mais de 260 mil habitantes, não há leitos para internação pelo SUS — apenas 12 leitos em um hospital privado.

Nesses casos, o paciente que depende da saúde pública no distrito precisa ser transferido ao Hospital Campo Limpo ou ao Hospital M’Boi Mirim, que ficam entre três e seis quilômetros de distância.

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Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul de SP (Dalton Assis/32xSP)

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Já na zona oeste, enquanto a área do Butantã possui 516 leitos pelo SUS, o distrito de Raposo Tavares, que é administrado pela mesma subprefeitura, não tem nenhum.

As opções para quem precisa ser internado na região são: ir ao Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) ou ao Hospital Municipal e Maternidade Professor Mário Degni, no Rio Pequeno.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que estão previstos investimentos na região pelo Projeto Avança Saúde. Serão cerca de R$ 800 milhões investidos nos próximos cinco anos.

Entre as promessas, está a reforma do Pronto Socorro Bandeirantes, que será transformado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Butantã.

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Colaboração: Eduardo Silva, Estela Aguiar, Raquel Porto e Cléberson Santos.

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Redação

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