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Por: Jacqueline Maria da Silva
Notícia
Publicado em 19.12.2023 | 12:35 | Alterado em 27.02.2024 | 17:22
Quanto sua quebrada contribui para a poluição atmosférica? Pode parecer difícil quantificar o total de poluentes emitidos no ar, mas nem tanto: o Instituto Cidades Sustentáveis cruzou dados sobre a quantidade de fuligem, também chamada MP (Material Particulado), liberada pela combustão de veículos, desgaste de pneus e freios em um dia útil de 2022 em cada distrito paulistano.
O resultado, publicado no Mapa da Desigualdades 2023, chamou a atenção, mas não espantou os especialistas. Entre os 10 distritos que menos poluem, todos estão nas periferias, a maioria na zona norte e sul, sendo que em Marsilac, foi detectada emissão zero.
Na ponta, no top 10 dos distritos mais poluentes, oito estão em áreas centrais ou consideradas nobres. O destaque foi a Sé, onde o volume de emissões chegou a ser 153 vezes maior que o distrito menos poluidor (Marsilac).
Os dados têm como base informações do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente) de 2022. Eles consideram quantos quilogramas de fuligem por quilômetro quadrado (kg/m2) foram liberados no dia de análise, por distrito.
De acordo com Felipe Barcellos e Silva, engenheiro elétrico e pesquisador do IEMA, o indicador é utilizado para entender quais áreas poluem mais ou menos, e como chegar ao ideal de zero emissão.
Segundo a SPtrans, as linhas de ônibus que percorrem a região central ou passam pelo centro para ir aos bairros somam pelo menos 6.400 mil veículos – que também são os de maior porte. Já as linhas que percorrem as periferias somam pouco mais de 5.400 mil veículos, em geral de menor porte.
Segundo Barcellos, as emissões de poluentes foram maiores em bairros centrais e ricos porque nessas regiões circulam mais ônibus e há mais trânsito. “A emissão é reflexo da quilometragem percorrida pelos veículos, além da diminuição da velocidade média da circulação”.
Mas vale a atenção: o dado indica emissão por fuligem e não por outros poluentes que também podem ser liberados na atmosfera. O Mapa de Desigualdade considerou apenas a aferição desse poluente para o levantamento.
Ele leva em consideração a poluição a partir da queima de combustível e não a concentração desse poluente na atmosfera (quantidade que fica dispersa no ar), que depende de outros fatores como vento, sol, chuva, condições climáticas e geográficas.
Esta reportagem foi produzida com apoio daReport For The World
Jornalista formada pela Uninove. Capricorniana raiz. Poetisa. Ama natureza e as pessoas. Adora passear. Quer mudar o mundo e tornar o planeta um lugar melhor por meio da comunicação. Correspondente de Cidade Ademar desde 2021. Em agosto de 2023, passou a fazer parte da Report For The World, programa desenvolvido pela The GroundTruth Project.
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