@supercopapioneer
Por: Wellington Nascimento
Notícia
Publicado em 02.03.2023 | 13:36 | Alterado em 02.03.2023 | 14:16
O futebol de várzea terá novidades no calendário no primeiro semestre de 2023. Enquanto alguns torneios já estão rolando como a Copa do Busão, a Copa 9 de Julho e a Copa Doroteia, outros começarão nos próximos dias, caso da Copa Pioneer e da Taça das Favelas Série B, novo campeonato que também será disputado no Rio de Janeiro.
Apelidada de Liga dos Campeões da Várzea, a Super Copa Pioneer chega a sétima edição em 2023 e promete ser histórica. Disputada na Arena Santa Amélia e no CDC Doroteia, em Pedreira, na zona sul, e no estádio Distrital do Inamar, em Diadema, na Grande São Paulo, a competição reúne 80 times divididos em 16 grupos com 5 equipes em cada.
Após jogarem entre si, as duas melhores de cada chave se classificam para a fase eliminatória até restarem os finalistas para a grande decisão prevista para julho.
O palco da decisão desta temporada será no Allianz Parque, estádio do Palmeiras e uma das arenas mais modernas da América Latina, localizada na Barra Funda, zona oeste da capital.
O estádio já iria receber o evento em 2020, mas por conta da pandemia de Covid-19, a competição foi adiada na época. As entradas para a final deste ano serão gratuitas.
“A intenção de entrada gratuita é justamente proporcionar uma festa para as quebradas. Muitos amantes do futebol de várzea não conhecem o Allianz Parque e eles merecem essa oportunidade”, disse Sérgio Pioneer, organizador da Copa Pioneer.
O time que erguer a ‘Orelhuda’ – Nome do troféu de campeão que é inspirado na Liga dos Campeões da Europa, também recebe o prêmio de R$ 80 mil e um selo exclusivo de campeão que será colocado nos uniformes pela primeira vez. O vice-campeão fica com R$ 20 mil. Desde 2016 sendo disputada, a competição nunca repetiu um mesmo vencedor.
A estreia da Copa Pioneer 2023 será nesta sexta (3), às 20h, no CDC Doroteia, entre dois times da região leste. O Napoli, da Vila Industrial, atual campeão do torneio, enfrenta o Mulekada, de Itaquaquecetuba (cidade da Grande SP), estreante no campeonato.
Ano após ano, a Taça das Favelas vem trazendo novas modalidades em seu campeonato. Além das edições estaduais e nacional, agora a várzea terá a Taça das Favelas Série B, que começa dia 4 de março no Centro Esportivo da Vila Guarani, no distrito do Jabaquara, zona sul de São Paulo.
O torneio começa apenas com a categoria masculina, que tem limite de idade entre 14 e 17 anos. Na fase inicial, serão 23 times divididos em sete grupos (Dois grupos com 4 times e cinco grupos com 3 times).
‘É um grande passo no nosso projeto. Vamos democratizar ainda mais oportunidades, recebendo novas favelas que querem estar com a gente no nosso campeonato’
Geovana Borges, diretora institucional da Taça das Favelas
A Taça começou no Rio de Janeiro, em 2012, e aos poucos foi se espalhando para outros estados. Em São Paulo chegou em 2019 e teve duas edições até o momento.
O Parque Santo Antônio e o Jardim Ibirapuera, times da zona sul, foram os campeões do campeonato masculino. Já no feminino, o Complexo da Casa Verde, da zona norte, e o Paraisópolis, da zona sul, levantaram a taça da competição.
No ano passado, também houve a disputa de uma edição nacional, mais conhecida como ‘Favelão’, com equipes formadas pelos melhores atletas de cada estado. A seleção de São Paulo foi campeã pelo masculino e ficou com o vice no feminino. As finais da Taça das Favelas e do Favelão são as únicas da várzea que são transmitidas na TV aberta, pela Rede Globo.
2023 só está começando, mas já teve time que soltou o grito de campeão na várzea. O Jardim Regina, de Pirituba, foi o vencedor da 22ª edição da Copa Negritude após derrotar o Jardim São Pedro, de Guaianases, pelo placar de 1 a 0. A final foi no domingo (26) no campo do Negritude.
A equipe da zona norte conquistou a ‘Joia de Madiba’, nome do troféu que faz referência a Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e considerado o mais importante líder da África Negra. Madiba é o nome do clã do qual Mandela pertencia e uma das formas mais comuns que os sul-africanos se referiam a ele.
Formado em Jornalismo e pós-graduado em dar boas risadas. Apaixonado por esportes, ex-atleta em atividade e toca violão nas horas vagas. Sonha em viajar o Brasil e o mundo para encontrar e contar histórias. Correspondente da Cidade Ademar desde 2022.
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