Marcos Furtado está passando o isolamento em Belford Roxo, na baixada fluminense, onde nasceu
Por: Redação
Notícia
Publicado em 15.07.2020 | 14:34 | Alterado em 15.07.2020 | 14:48
Marcos Furtado está passando o isolamento em Belford Roxo, na baixada fluminense, onde nasceu
Tempo de leitura: 2 min(s)O podcast da Agência Mural Em Quarentena segue na conexão online SP-RJ, esticando a conversa com o jornalista Marcos Furtado, autor da cartilha “Favela contra o coronavírus”, que traz orientações sobre a doença para os moradores do Rio de Janeiro.
Neste segundo episódio, Furtado fala sobre a baixada fluminense, no Rio de Janeiro, região que fica próxima a capital e foi considerada uma das mais vulneráveis ao coronavírus em todo país.
Logo no início da conversa, Marcos afirma que a baixada fluminense é uma região historicamente esquecida.
“Você escuta no noticiário, ainda de que forma problemática, se falar sobre a Cidade de Deus, Vidigal, Maré, Rocinha, mas pouco você escuta ou quase nunca falar sobre Belford Roxo, Duque de Caxias, São João de Meriti que são cidades da baixada fluminense. Essa região é muito importante para a economia do Rio de Janeiro porque é aqui que moram os trabalhadores que vão lá para o centro da cidade fazer a roda girar”. (ouça a partir de 01:25)
O jornalista aponta que com a chegada da Covid-19, os problemas que já existiam na região, ficaram ainda mais graves. “São João de Meriti, que é uma cidade aqui do lado de Belford Roxo, não tem hospital. O prefeito colocou os hospitais em obras” (a partir de 02:19)
Ele também levantou questionamentos relacionados à falta de estrutura na baixada fluminense para enfrentar a doença. “Como que vai ser a dinâmica da pessoa que está com suspeita de Covid? A pessoa não vai para o hospital? A pessoa só vai para o hospital quando estiver morrendo? (em 02:33)
E quem falou sobre essa situação na prática foi a diarista Maria Antônia, 55, que vive em Duque de Caxias e sabe bem do impacto do coronavírus na região. “O nosso SUS aqui é uma porcaria há muitos anos, é precário. Antes da Covid, morria gente de infarto, de qualquer coisa, na porta do hospital, por omissão de socorro”. (a partir de 02:48)
Embora faça parte do grupo de risco, a diarista segue trabalhando. E para ela, o isolamento social na cidade nunca foi efetivo. “As pessoas não estão se isolando e eu acho que essa flexibilização não causa grandes efeitos porque na verdade, isolamento nunca teve. Só não tivemos ônibus para a capital”. (em 03:55)
Ouça este bate papo completo no Em Quarentena #54: Como está o isolamento social na baixada fluminense?
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