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Agência de Jornalismo das periferias

Por: Redação

Notícia

Publicado em 04.05.2018 | 15:17 | Alterado em 11.07.2023 | 14:15

Tempo de leitura: 2 min(s)

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Em 2023, 318 escolas da capital paulista começaram o ano letivo oferecendo educação em tempo integral, possibilitando que alunos e professores permaneçam mais tempo dentro da sala de aula.

A Agência Mural mapeou a localização de todas as escolas (confira ao final da reportagem) e conversou com mães sobre as percepções do modelo de ensino.

“Meu filho estuda no período integral, com direito a café da manhã, almoço e lanche no final da tarde”, conta a subgerente de loja Raquel Fonseca, 29, moradora da zona leste. “Com esse método de ensino, as notas melhoraram bastante, acho que é devido a maior carga horária. Quero que ele permaneça nesta escola.”

Dois modelos

O sistema de ensino integral do estado de São Paulo conta com dois modelos. No Escola de Tempo Integral (ETI), o estudante pode participar de aulas, atividades esportivas e culturais durante o contraturno.

Já o Novo Modelo de Escola de Tempo Integral (PEI) é um dos programas prioritários da Secretaria da Educação do estado. Nele, os alunos possuem uma jornada de até nove horas e meia, incluindo três refeições diárias. Além das aulas regulares, os alunos contam com disciplinas eletivas e podem participar de grupos de jovens, como de teatro ou literatura.

Outra característica é a presença do professor tutor, docente escolhido pelo aluno para acompanhar o desenvolvimento individual do estudante.

“O ensino integral traz uma série de vantagens para os estudantes e professores”, explica Bruna Waitman, gestora do programa de ensino integral do estado de São Paulo. Ela conta que o objetivo a longo prazo é que qualquer aluno que deseje estudar em uma escola PEI tenha essa opção

“O resultado de aprendizagem dos estudantes do ensino médio dessas escolas é 60% mais alto do que o das outras. Tem muita gente que acha que ensino integral é só sobre o tempo, mas na verdade há muitas oportunidades de desenvolvimento”, completa.

O filho de Maria Letícia Santos, 32, começou estudando em uma escola estadual de ensino regular, mas mudou para outra de ensino integral. “A diferença é evidente. As professoras conhecem as particularidades de cada aluno. Ele tem aulas diferenciadas como horta, educação socioemocional, cultura do letramento e ainda atividades dirigidas no horário do intervalo”, conta.

“Acho que vale muito a pena esse método, pois além de ajudar os pais que precisam trabalhar o dia todo, o aluno ainda tem a possibilidade de imersão total no aprendizado.”

Implementação

ara que uma escola passe a oferecer o Novo Modelo de Escola de Tempo Integral é necessária a adesão da comunidade escolar, que é formada por professores, diretores, estudantes, pais e funcionários da escola.

De acordo com Bruna, os conselhos escolares fazem reuniões nas quais manifestam o desejo da comunidade de ingressar ao programa e enviam as atas para Secretaria de Educação, que analisa os documentos e vê a possibilidade de integrá-las ao programa. A prioridade da escolha estão sendo escolas maiores e com índices de vulnerabilidade mais altos.

Alunos que já estudavam nas escolas que passaram a oferecer o ensino integral são prioridade para matrícula, mas a gestora explica que qualquer aluno que tiver interesse pode estudar em uma das unidades que oferecem o ensino integral.

Confira os endereços das escolas públicas de ensino integral de São Paulo:

Centro
Zona Leste
Zona Norte
Zona Oeste
Zona Sul

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