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Rolê

Souto MC: a cria de Itaquaquecetuba que tem ganhado projeção no rap nacional

No terceiro episódio da série 'Crias', a rapper fala sobre início da carreira, machismo no hip hop e a relação com a periferia de Itaquá

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Por: Jessica Bernardo

Notícia

Publicado em 08.11.2022 | 15:38 | Alterado em 15.11.2022 | 7:29

Tempo de leitura: 2 min(s)

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A cantora Souto MC ainda era criança quando ouviu as batidas de Oitavo Anjo, rap do grupo 509-E, pela primeira vez. Quando o grave ressoou dentro do carro, o encanto foi imediato e a menina quis “entrar na música”. “Eu ficava: ‘não mano, eu quero fazer isso! Quero entrar dentro desse negócio e ser isso’”, lembra a artista.

O contato com o hip hop começou através das primas em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. A cidade onde Souto morou na infância com a família da tia tinha poucas opções de lazer, mas os “showmícios” faziam sucesso entre os moradores.

Foi ali que a cantora assistiu pela vez um show de rap ao lado das primas. Hoje com 28 anos, Souto passou da plateia para o palco e faz parte da nova geração de artistas do segmento.

“O rap vai desde a roupa que eu visto até pagar as minhas contas. E essa vivência com o rap foi muito antes de virar uma profissão mesmo. Era o que era parecido com o meu bairro, era o que eu via na rua quando eu estava brincando. Por isso que rolou tanto essa identificação”, explica Souto.

Colecionando parcerias com nomes como Drik Barbosa, Emicida e Sara Donato, a artista que se considera cria de Itaquá é a terceira entrevistada da série “Crias” da Agência Mural.

No episódio, Souto conta das angústias de ser uma artista independente e fala sobre a importância da sororidade dentro do hip hop. Considerada pela Genius Brasil em 2018 como artista revelação, a cantora diz que sonha em construir uma gravadora que atue só para mulheres e fala que a periferia de Itaquaquecetuba é parte fundamental de quem ela é.

“O que forma o rap é a perifa. Então, no fim das contas, o rap – e Itaquá – foi o que me formou num todo. Me ensinou e me mostrou como eu queria ou não ser, como eu queria ou não ter trato com as pessoas e como eu deixaria as pessoas terem trato comigo. É a base de tudo mesmo. Tudo o que eu sou, o que eu aprendi e o que eu vou levar pro resto da minha vida está aqui em Itaquá”.

Crias

Toda terça-feira, no canal do YouTube da Agência Mural e no Instagram, você conhece um criador das quebradas de São Paulo.

A série de vídeos “Crias” foi realizada com os recursos do programa “Digital Video Masterclass Series”, promovido pela Meta em parceria com o ICFJ (International Center of Journalists). A Agência Mural foi uma das 15 selecionadas no programa, ao lado de redações como Nonada Jornalismo, SBT e Nexo Jornal.

Ao longo de dois meses, os jornalistas da Agência Mural Jessica Bernardo, Ingrid Fernandes, Pietra Alcântara e Rômulo Cabrera participaram de uma mentoria com Fred Bottrel, chefe de reportagens especiais na TV Globo em Belo Horizonte, para idealizar a construção da série.

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Jessica Bernardo

Jornalista, cria de uma família de cearenses. Apaixonada por São Paulo, bolos e banhos de mar. Correspondente do Grajaú desde 2017.

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