Ícone do site Agência Mural

Vagas para educador social são algumas das mais ofertadas na periferia

Horácio (segundo da esquerda para a direita) ao lado de alguns alunos (foto: arquivo pessoal)

No ar desde fevereiro deste ano, milhares de vagas foram cadastradas e divulgadas por meio do GEP. Entre todas, algumas se destacaram pela quantidade de vezes que apareceram como oportunidades. Uma delas é a profissão de orientador socioeducativo, também conhecido como assistente social.

O Orientador socioeducativo é, geralmente, a pessoa de nível superior que atua defendendo os direitos humanos e facilitando o acesso da população a políticas sociais como saúde, educação, previdência social, cultura, entre outros.

Um exemplo desse profissional é o artista visual Marcos Paulo de Jesus Horácio, 31. Ele desempenha esta função com um grupo com 60 jovens de 14 a 18 anos em uma instituição que desenvolve atividades com adolescentes beneficiários do Bolsa Família, em medida socioeducativa ou que se encontra em risco pessoal e social.

“A proposta é assegurar um espaço que possibilite o convívio social, a promoção, o protagonismo e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Contribuir também para a capacitação dos jovens para atuar como agentes de transformadores e desenvolvedores de sua comunidade”, afirma Horácio.

Confira algumas vagas para educador social

No mercado de trabalho, a profissão está presente nas prefeituras com direcionamento para a área educacional. Na capital de São Paulo, estes profissionais trabalham sobretudo nos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), ambas as iniciativas públicas trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade social, sobretudo, crianças e jovens.

Para exercer a profissão, é necessário cursar a graduação em Serviço Social e obter o registro no Conselho Regional de Serviço Social do estado onde trabalha. Ainda assim, de acordo com Horácio, nem tudo são flores. “Meu contrato e com a instituição não há um sindicato especifico e há pouco reconhecimento sobre a profissão”, relata.

A grande parcela dos assistentes sociais brasileiros, segundo o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) atua no setor público. A média salarial varia de acordo com a região do país, bem como a titulação, tempo de experiência e a especialidade.

Média salarial

De acordo com um levantamento realizado pelo site de empregos Catho, a média salarial destes profissionais se encontra na casa dos R$ 1.389. Um projeto de lei em andamento pretende alavancar para 3.720 reais, a jornada de 30 horas semanais.

A trajetória do artista visual acabou o levando para a área social, além de ajudá-lo a desenvolver as atividades com os jovens com uma vida parecida com a dele na infância. “Sou morador de favela também, frequentei alguns projetos como audiovisual, jornalismo e gostei muito fui fazer curso de fotografia. Depois ingressei na faculdade de artes visuais e fiz escola livre de patrimônio cultural”, ressalta.

“Sou agitador cultural na minha quebrada. Acho que a rua me ajudou muito, igual a faculdade, aliás, a rua é faculdade também”, reafirma o orientador que se sentiu atraído pela educação logo que teve acesso a conteúdos da área.

Sair da versão mobile