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Agência de Jornalismo das periferias
Papo Reto No Zap

É falso que urnas eletrônicas de modelos anteriores a 2020 não foram auditadas

Tribunal Superior Eleitoral faz auditorias e testes constantes nos equipamentos desde 2002

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Por: Aline Almeida

Verificação

Publicado em 11.11.2022 | 15:01 | Alterado em 11.11.2022 | 15:01

Tempo de leitura: 2 min(s)
Esta verificação foi produzida em parceria com a Lupa e com apoio do WhatsApp WhatsApp_Logo_1

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Circula em grupos de WhatsApp do Capão Redondo uma mensagem apontando que os únicos modelos de urnas eletrônicas que foram auditadas são os de 2020. O texto sugere que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado na votação realizada em equipamentos que não são auditáveis.

Confira a verificação:

Sobre a auditoria da Argentina: Em resumo, existem 5 modelos de urnas e as únicas urnas que têm possibilidade de serem auditadas são as urnas mais recentes (2020) – essas apresentam um comportamento normal com uma dispersão normal de votos entre os dois candidatos

– Trecho de texto reproduzido em imagem que circula no WhatsApp

O conteúdo analisado pelo projeto Papo Reto no Zap é falso. Todas as urnas eletrônicas usadas nas eleições de 2022 foram fiscalizadas e auditadas. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) faz auditorias nas urnas desde 2002, diferentemente do que informa a mensagem.

O órgão desmente a suspeita de fraude eleitoral. “Não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelos 2009 e 2010) e todos foram utilizados nas Eleições de 2018”, afirma o tribunal, em comunicado.

A Justiça Eleitoral ainda pontuou que “esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021)”. No último relatório do Teste Público de Segurança, apresentado em maio deste ano, não foi identificado possibilidade de fraude nas urnas testadas. 

Também foram realizadas fiscalizações nas eleições deste ano para garantir a segurança dos equipamentos.

O teste de integridade, realizado após o primeiro turno e divulgado no dia 6 de outubro, não apresentou divergências. Ele foi feito nos tribunais regionais eleitorais no dia da eleição e verificou se o resultado de votos feitos em papel era o mesmo registrado na urna eletrônica.

Ainda no primeiro turno o TSE também realizou um teste de autenticidade, que avaliou se os programas inseridos nas urnas eletrônicas são os mesmos desenvolvidos pela Justiça Eleitoral. O procedimento foi monitorado por representantes de partidos políticos, do Ministério Público e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).  

Outra auditoria foi feita ainda no primeiro turno pelo TCU (Tribunal de Contas da União) nos Boletins de Urna. O resultado, divulgado em 27 de outubro, apontou que cerca de 4,5 milhões de informações foram comparadas e nenhuma divergência foi encontrada.

O assunto sobre urnas eletrônicas auditadas ganhou repercussão após o influenciador argentino e apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Fernando Cerimedo, apresentar um suposto dossiê que comprovaria a fraude eleitoral.

Ele divulgou dados sobre as urnas eletrônicas, em uma live compartilhada pelo canal La Derecha Diário, dizendo que modelos anteriores a 2020 não teriam sido “auditados” pelo TSE e que votos teriam sido transferidos de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Esse conteúdo também foi verificado por LupaG1.

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Aline Almeida

Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Ama livros, música e séries. Libriana apaixonada por pets. Correspondente do Grajaú desde 2022.

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